segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Corpo em Rito


Corpo em Rito é um grupo que pesquisa, principalmente, a dança contemporânea, além de outros elementos artísticos (o teatro, a música, a performance e as artes visuais), e tem como um dos principais guias de criação a improvisação. Pesquisa uma linguagem que pretende aproximar-se do universo cotidiano, principalmente da realidade urbana da cidade de São Paulo e, essencialmente, de elementos e questões relacionados a condição humana. Para isso nos propomos a experienciar desde os espaços mais convencionais aos mais alternativos, na busca de eliminar o fio tênue que separa espectador e obra, de derrubar a quarta parede da qual tanto se fala nos dias atuais. Tirar o espetacular da obra que tanto distancia e mitifica a figura do artista diante do espectador, com o intuito de promover o ENCONTRO, de modo que o espectador volte para casa olhando de um outra forma as coisas do seu dia-a-dia.

IMPROVISAR...


...Improvisar, lançar-se num espaço, com todas as escutas abertas para experimentar, interagir com, respirar: o espaço, as outras pessoas presentes, o próprio ser, as intervenções sonoras (sejam elas improvisações com intrumentos, ou as simples sonoridades das solas dos pés no chão, entre tantas outras coisas), e neste caso todas as demais manifestações relacionadas a diversas linguagens artísticas (as artes plásticas, o teatro, a fotografia, etc), mas, principalmente a dança.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

RITUAIS: do eventual ao cotidiano

Ao nos depararmos com a palavra “ritual”, cobrimos-nos de dúvida acerca de sua definição no mundo contemporâneo, mas, principalmente, acerca da diversidade de situações que ela nos remete. Por vezes, chegamos a temer se a relacionamos a aspectos religiosos, por vezes, chegamos a desaperceber se a relacionamos a aspectos cotidianos. Isso, muitas vezes, por simplesmente não desprendermos nem sequer o mínimo de atenção ao desvelamento e desmistificação do significado dessa palavra.
Diante da necessidade de percorrer esse caminho de desvelamento, e, diante do vivenciado anteriormente em oficinas promovidas pelo grupo, sentimos a necessidade de aprofundamento no tema, mais precisamente, no âmbito dos rituais cotidianos e na exploração das possibilidades desse conceito. Que possibilitou, além de experimentações práticas, o reconhecimento de aspectos individuais e sociais.
O aprofundamento da pesquisa vem, também como uma auto-provocação. Pela necessidade de não abandonar um tema que nos leva a buscar, na história passada, elementos que fundamentam e explicitam ações, movimentações, pulsões e relações desse nosso caótico mundo contemporâneo.
E esse fio tênue que liga o passado às nossas ações atuais, nos mostra a importância do conhecimento acerca do histórico cultural daqueles que vieram antes de nós. Para que se possa passar a entender e questionar sobre nossas ações, e quem sabe senão desnaturalizá-las e/ou ressignifcá-las.


Ensaio






o registro fotográfico é mais uma possibilidade de auxílio para revisitar momentos importantes durante o processo de criação. Além de ser um complemento plástico em relação às apresentações, e de proporcionar o resgate das memórias e de experiências anteriores, os registros fotográficos são, também, um caminho poético e generoso de dividir, com o público, parte do processo de criação do grupo.