quarta-feira, 22 de outubro de 2008

RITUAIS: do eventual ao cotidiano

Ao nos depararmos com a palavra “ritual”, cobrimos-nos de dúvida acerca de sua definição no mundo contemporâneo, mas, principalmente, acerca da diversidade de situações que ela nos remete. Por vezes, chegamos a temer se a relacionamos a aspectos religiosos, por vezes, chegamos a desaperceber se a relacionamos a aspectos cotidianos. Isso, muitas vezes, por simplesmente não desprendermos nem sequer o mínimo de atenção ao desvelamento e desmistificação do significado dessa palavra.
Diante da necessidade de percorrer esse caminho de desvelamento, e, diante do vivenciado anteriormente em oficinas promovidas pelo grupo, sentimos a necessidade de aprofundamento no tema, mais precisamente, no âmbito dos rituais cotidianos e na exploração das possibilidades desse conceito. Que possibilitou, além de experimentações práticas, o reconhecimento de aspectos individuais e sociais.
O aprofundamento da pesquisa vem, também como uma auto-provocação. Pela necessidade de não abandonar um tema que nos leva a buscar, na história passada, elementos que fundamentam e explicitam ações, movimentações, pulsões e relações desse nosso caótico mundo contemporâneo.
E esse fio tênue que liga o passado às nossas ações atuais, nos mostra a importância do conhecimento acerca do histórico cultural daqueles que vieram antes de nós. Para que se possa passar a entender e questionar sobre nossas ações, e quem sabe senão desnaturalizá-las e/ou ressignifcá-las.


Ensaio






o registro fotográfico é mais uma possibilidade de auxílio para revisitar momentos importantes durante o processo de criação. Além de ser um complemento plástico em relação às apresentações, e de proporcionar o resgate das memórias e de experiências anteriores, os registros fotográficos são, também, um caminho poético e generoso de dividir, com o público, parte do processo de criação do grupo.